Ele foi meu amigo que nunca conheci!
E me inspirou a caminhada
o desmanche de mim!
"Os Rios Que Eu Encontro Vão Seguindo Comigo".
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Tecendo a ManhãUm galo sozinho não tece uma manhã: E se encorpando em tela, entre todos, |
O Cão Sem PlumasA cidade é passada pelo rio O rio ora lembrava a língua mansa de um cão Aquele rio Sabia dos caranguejos Sabia da lama como de uma mucosa. Aquele rio |
Uma Faca só LâminaAssim como uma bala assim como uma bala qual bala que tivesse um vivo mecanismo, igual ao de um relógio relógio que tivesse assim como uma faca qual uma faca íntima de um homem que o tivesse, |
Alguns ToureirosEu vi Manolo Gonzáles Vi também Julio Aparício, Vi Miguel Báez, Litri, E também Antonio Ordóñez, Mas eu vi Manuel Rodríguez, o de nervos de madeira, o que melhor calculava o que à tragédia deu número, |
Morte e Vida Severina— O meu nome é Severino, Fonte: https://www.revistabula.com/449-os-10-melhores-poemas-de-joao-cabral-de-melo-neto/ Os 10 melhores poemas de João Cabral de Melo Neto |
Sobre João Cabral de Melo Neto
Fonte: Site Toda Matéria LINK: https://www.todamateria.com.br/joao-cabral-de-melo-neto/
...foi poeta, escritor e diplomata brasileiro. Conhecido como “poeta engenheiro”, ele fez parte da terceira geração modernista no Brasil, conhecida como Geração de 45.
Nesse momento, os escritores estavam mais preocupados com a palavra e a forma, sem deixar de lado a sensibilidade poética. De maneira racional e equilibrada, João Cabral se destacou por seu rigor estético.
“Morte e Vida Severina” foi, sem dúvida, a obra que o consagrou. Além disso, seus livros foram traduzidos para diversas línguas (alemão, espanhol, inglês, italiano, francês e holandês) e sua obra é conhecida em diversos países.
Biografia
O pernambucano João Cabral de Melo Neto nasceu no Recife em 6 de janeiro de 1920.
Filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de Carmen Carneiro Leão Cabral de Melo, João era primo de Manuel Bandeira e Gilberto Freyre.
Passou parte da infância nas cidades pernambucanas de São Lourenço da Mata e Moreno.
Muda-se com a família em 1942 para o Rio de Janeiro, onde publica seu primeiro livro, “Pedra do Sono”.
Começa atuar no serviço público em 1945, como funcionário do Dasp (Departamento de Administração do Serviço Público).
No mesmo ano, inscreve-se para o concurso do Ministério das Relações Exteriores e passa a integrar em 1946 o quadro de diplomatas brasileiros.
Após passar por vários países, assume o posto de cônsul-geral da cidade do Porto, em Portugal em 1984.
Permanece no cargo até 1987, quando volta a viver com a família no Rio de Janeiro. É aposentado da carreira diplomática em 1990. Pouco depois, começou a sofrer com uma cegueira, fato que o leva a depressão.
João Cabral morreu em 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro, com 79 anos. O escritor foi vítima de um ataque cardíaco.
Academia Brasileira de Letras
Embora com extensa agenda diplomática, escreveu diversas obras, chegando ser eleito em 15 de agosto de 1968 como membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), recebido por José Américo. Em seu discurso de posse homenageou o jornalista Assis Chateaubriand.
Assim, para compensar o laconismo de um “muito obrigado” e expressar meu reconhecimento de outra maneira, quero dizer que me sinto muito honrado em vir a ser um de vós. E não apenas pelo que cada um de vós representa em nossa vida intelectual como porque a Academia, que vós todos, em conjunto, constituís, é uma de nossas instituições em que se tem mantido mais vivo o respeito pela liberdade do espírito. Daí (e não sei de maior elogio que se possa fazer a um corpo de escritores, homens para quem a liberdade de espírito é condição de existência) meu empenho em declarar que, entrando para a Academia, não tenho o sentido de estar abdicando de nenhuma das coisas que me são importantes como escritor.
Na verdade, venho ser companheiro de escritores que representaram, ou representam, o que a pesquisa formal, no nível da textura e da estrutura do estilo, tem de mais experimental; escritores outros cuja obra é uma permanente, e renovada, denúncia de condições sociais que espíritos acomodados achariam mais conveniente não dar a ver; escritores que, em momentos os mais diversos de nossa história política, têm combatido situações políticas também as mais diversas; escritores que, já acadêmicos, têm julgado livremente a Academia, patronos de suas Cadeiras e membros de suas Cadeiras. E tudo isso sem que a Academia tenha procurado exercer nenhuma censura e sem que a posição de acadêmicos tenha levado esses escritores a qualquer autocensura." (Trecho do Discurso de Posse, 6 maio de 1969)
Fonte: https://www.todamateria.com.br/joao-cabral-de-melo-neto/
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