Hilda Hilst







Zélia Duncan cantando Hilda Hilst

Que sensibilidade da Zélia Duncan ao falar da Hilda Hilst. 
Continuamos os posts sobre a poesia de Hilda 
Este mês todo o Blog será dedicado a ela 
e todas as postagens nele feitas 
serão tributos a Hilda Hilst!



Documentário sobre Hilda part 1



Documentário sobre Hilda part 2



Documentário sobre Hilda part 3




Documentário sobre Hilda Hilst part 4




Sua Palavra Forte, Brava, Sensível.. sua palavra uma espada... uma flor.

É mesmo lindo ver a casa e a essência de alguém... 
Hilda Hilst conseguiu materializar uma ponte entre os mundos
Por que este interesse...?
decidi que este seria o mês dela no Versos de Fogo, 
por que me lembrei que o Zeca Baleiro havia musicado seus poemas
 e quis finalmente conhecê-los!
É importante divulgar a poesia brasileira, 
e isto acabou se tornando parte de um projeto...
aproximar a poesia das pessoas.
Por que ninguém tem o hábito de ler poemas?
existe mesmo a questão do Pérola aos porcos?
ou será que poucos intelectuais conseguem ver a poesia e senti-la?
ao invés de utilizá-la para mascarar-se de culto?
Esta preocupação com o ser lida, com o falar e ser ouvida
era preocupação de Hilda...
todos que escrevem querem ser lidos!
todos os que falam querem e precisam ser ouvidos
...relacionamento é sempre uma troca...
e aqui não podia começar com outro poeta se não com ela.
É olhando no espelho que aprendemos... 
é conhecendo pessoas que nos conhecemos!
É conhecendo poesias que conhecemos nosso coração.
É bem por ai a tal da evolução.
Escutar a sua voz, me deixa rebelde... forte... precisa explicar mais!?


Pássaro-Poesia
Carrega-me contigo, Pássaro-Poesia
Quando cruzares o Amanhã, a luz, o impossível
Porque de barro e palha tem sido esta viagem
Que faço a sós comigo. Isenta de traçado
Ou de complicada geografia, sem nenhuma bagagem
Hei de levar apenas a vertigem e a fé:
Para teu corpo de luz, dois fardos breves.
Deixarei palavras e cantigas. E movediças
Embaçadas vias de Ilusão.
Não cantei cotidianos. Só te cantei a ti
Pássaro-Poesia
E a paisagem limite: o fosso, o extremo
A convulsão do Homem.

Carrega-me contigo.
No Amanhã.



HILDA HILST


Um Poema do Livro Júbilo Memória e Noviciado da Paixão

III
Contente. Contente do instante
Da ressurreição, das insônias heróicas
Contente da assombrada canção
Que no meu peito agora se entrelaça.
Sabes? O fogo iluminou a casa.
E sobre a claridade do capim
Um expandir-se de asa, um trinado
Uma garganta aguda, vitoriosa.
Desde sempre em mim. Desde
Sempre estiveste. Nas arcadas do Tempo
Nas ermas biografias, neste adro solar
No meu mudo momento
Desde sempre, amor, redescoberto em mim.



"Se me tocares
Amantíssima  branda
Como fui tocada pelos homens

Ao invés de morte
Te chamo
Poesia
Fogo, fonte, palavra
Sorte."

Hilda Hilst



Encerrando o mês de Hilda Hilst neste Blog ( Mas ela voltará! )


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