Série de postagens A Poesia dos Deuses Gregos/Olímpicos
Impossível não ser Heavy Metal em se tratando de Hades. "Zeus Inferi". Hades O Rico.
Na cena a ilustração mostra, o primeiro retorno de Persefone.
Já imaginaram o motivo dele ser chamado de Hades O Rico? Porque ele não tem nada a perder!... Persefone e Hades estão diretamente ligados ao Carnaval enquanto Rito de Morte e Renascimento.
Ilustração Bill Oliveira
Hades - O Grande
Professor
Senhor que sacrifícios seriam grandes a tua grande obra e
majestade?
O maior de todos, meu Medo
Te entreguei ao reconhecer que tu és o Grande Destino
Senhor das raízes e dos tubérculos que em teus átrios criam
vida!
Senhor da Morte. Rei Morte! Que ensina-nos
Sois o maior dos professores, o Igualador de Mundos e Seres
Dos Mortais aos Deuses todos reconhecem o teu nome secreto
Majestade
Senhor Invisível, vencedor dos bravos e orgulhosos
A minha gratidão e o meu terror eram teus sempre
Maior dos Professores
Maior dos Mestres
Onde a Roda se quebra
Onde a roda gira
Estás
E abaixo de todos és o alicerce seguro, A certeza da viagem
Quem te compreende será grande
Quem te teme, será abatido primeiro
Este canto não teria fim
Se não fossem as palavras quais queiram
Inúteis perante a tua Verdade e a Profundidade de teu
Simples Mistério!
Bill Oliveira William
Os Ritos de Morte e Renascimento
"
Os antigos gregos acreditavam num submundo para onde os espíritos dos mortos iam após a morte. Se um funeral nunca fosse realizado em homenagem ao morto, acreditava-se que o espírito desta pessoa nunca conseguiria chegar ao submundo, e permaneceria assombrando o mundo, como um fantasma, para sempre. Existiam diversos pontos de vista a respeito deste submundo, e a ideia gradualmente mudou com o tempo.
Uma das principais áreas deste mundo inferior era conhecido como
Hades, e era governado por um Deus, também chamado de Hades. Outro reino, chamado
Tártaro, era o local para onde acreditava-se que iam os amaldiçoados, um local repleto de tormentos. Um terceiro reino, o
Elísio, era um local agradável onde os mortos virtuosos e os iniciados nos
cultos de mistériohabitavam.
Alguns poucos, como
Aquiles,
Alcmene,
Anfiarau,
Ganímedes,
Ino,
Melicertes,
Menelau,
Peleu e boa parte daqueles que lutaram nas guerras de Troia e
Tebas, eram tidos como imortalizados, fisicamente, e viveriam eternamente no Elísio, nas
Ilhas dos Abençoados, nos céus, oceanos ou literalmente sob o solo. Esta crença oferecia pouco alívio para a população em geral, uma vez que, na medida em que o corpo destes indivíduos vivia por meio da decomposição, do fogo ou do consumo, não havia esperança de qualquer coisa além da existência de uma alma desencarnada.
[1].
Mito da origem das estações
Texto colhido em Olimpvs Net
LINK
Deméter e Perséfone
Deméter era a deusa do trigo e, de um modo geral, de toda a terra cultivada.
Senhora dos cereais, não admira que os Romanos lhe tenham chamado Ceres.
Da sua união com Zeus, teve uma filha, Perséfone (Prosérpina, para os Romanos).
Era a sua única filha, que cresceu, muito bela e feliz, na companhia das ninfas e
de duas meias‑irmãs, as deusas Ártemis e Atena.
Hades, o deus dos infernos, que era irmão de Zeus e, portanto,
seu tio, apaixonou-se perdidamente por ela. Um dia, quando a jovem passeava
despreocupada pelos prados verdejantes, ao colher uma flor, a terra abriu-se de repente
e Hades surgiu para a raptar e levar consigo para o mundo inferior sobre o qual reinava.
Deméter ouviu os gritos de aflição da filha e correu para a ajudar, mas nada pôde fazer.
Nem sequer sabia onde ela estava nem quem a tinha levado.
Desesperada, começou a percorrer o mundo de lés-a-lés, em busca da filha,
sem comer nem beber, sem se preocupar com o seu aspeto nem tratar de si,
sem cuidar de nenhuma das suas tarefas. Acabou por conseguir que o Sol,
que tudo vê, lhe revelasse quem fora o raptor da filha.
Decidiu então não mais voltar ao Olimpo, a morada dos deuses,
e renunciou às suas funções divinas até que a filha lhe fosse devolvida.
A terra foi ficando estéril e os homens com fome, pois as culturas secaram e morreram.
Tudo era devastação e abandono. Então Zeus, responsável pela ordem no mundo,
preocupado com a calamidade causada por Deméter, ordenou a Hades que devolvesse Perséfone.
A jovem, porém, por fome ou instigada por Hades,
comera já um bago de romã no mundo das sombras e esse pequeno gesto ligara-a
para sempre ao reino do marido.
Teve então de se chegar a uma solução de compromisso e a um acordo:
Perséfone passaria metade do ano com a mãe, no Olimpo, e a outra metade com o marido,
no mundo dos infernos.
Assim, quando Deméter tem a filha ao pé de si, está feliz e a natureza floresce:
é o tempo da primavera e do verão.
Mas quando Perséfone tem de regressar para junto de Hades,
Deméter mergulha de novo na maior tristeza: começa então o outono,
vem depois o inverno e a desolação na natureza. E é essa a causa do ciclo das quatro estações.
http://www.olimpvs.net/index.php/mitologia/a-origem-das-estacoes/
Carnaval Rito de Morte e Renascimento
O Carnaval, enquanto ritual agrícola de agradecimento pela colheita, assim foi sua origem no Egito, e em toda a Europa, principalmente no culto a Deus Deméter, de onde também temos uma das origens para as "carroças decoradas", que são ancestrais dos carros alegóricos.
Ambos deuses Hades, Perséfone e Deméter possuem então ligações diretas com esta festa, que celebra a vida e o apogeu da colheita. Festa Dionisíaca. Dionísio ou Baco, veremos em próximas postagens pode ser considerado o mesmo que Hades. O que não me apego, mas que tem sim total relação.
Até a próxima divindade Grega pessoal!