Do Poema de Sagita
O Poema busca por mim
pergunta de mim as gentes
para os postes
nas ruas...
nos campos...
no deserto.
Eleva-me a gama dos máximos
daqueles que simplesmente cantam
não mais vivem
O Poema vem
e infringe o meu livre arbítrio
de querer ser triste
Ele arromba a porta!
e me toma...
e me obriga a sentir o perfume das mulheres
a tocar as morenices dos homens...
querendo eu ou não
ele retira-me toda visão daquilo que é feio
e desanuvia os olhos
e pinta cada flor dos meus caminhos
colore o céu de um azul vivo
tira de mim
o preto e o branco
da minha visão doente
e humana...
O poema vem
e me toma!
E faz de mim o homem mais belo do mundo!
Um homem cercado de poesia
abatido de verso
inebriado de música
O poema vem e me embriaga
Boca a baixo a vida
me consome
é meu delírio
meu fim
início do que jamais sonhei!
É flecha que voa ao meio dia
é graça que toca a boca dos ímpios
em brasa...!
O poema queimou os meus lábios...
e agora eu só sei cantar!
Imagem James Quaitance
5 comentários:
Lindo,lindo teu poema e a poesia está sempre perto, basta construir os versos... abração,chica
Gostei muito do seu poema, William. Ainda bem que continua com o blogue apesar da ameaça de não lhe dar continuidade. Fez bem. Nem sempre os comentários e aplausos «imediatos» - tipo Facebook - são sinais de sucesso.
Abraço.
O poema busca por aqueles que o merecem e sabem traduzi-lo. Parabéns!
Olá, amigo William
Ser poeta é captar os versos que já habitam o coração...
Seja feliz e abençoado!!!
Bjs fraternos de paz e bem
Grato amigos pelos comentários!
Linda semana!
Will
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