CÓDIGOS DE LUZ
Tateio o fogo, com as mãos.
Decifro códigos, peles...
e brigo com as dores.
Encontro fogo que também é luz e que não aceita a obrigatoriedade da escuridão quando o sol não quer mais sorrir, quando o peito chora, na chuva, nos olhos fechados.
Procuro nas minhas trilhas a luz que queima, a pele. E abre os caminhos dos pés descalços, do espírito livre, aquele que voa em outras dimensões, que a língua ferina do fogo não alcança, que a intenção indigesta não mastiga. O fogo que também é luz, e a luz que é renascimento, esclarecimento, exorcismo, mergulho em reflexos puros.
Depois do voo, sinto algumas feridas que ainda ardem, mas o que guardo na alma só a claridade comanda, e assim sigo na direção de um sorriso, ao nascer do sol.
17/03/2011